Atendendo a pedidos e após 1 mês e 17 dias sem postar, cá estou eu. Confesso que senti falta de escrever, mas o tempo tem sido bastante escasso. Quando tenho tempo livre, estudo. Quando não estudo, não consigo pensar em coisas para escrever porque me sinto mais cansada ainda... Pois é, o terceiro ano anda bastante complicado... Parece que não importa o quanto eu estude: eu não vou tão bem quanto espero. Sabe, se eu estivesse vadiando, até me conformaria... Mas estudando como ultimamente, é de sentir uma frustração sem tamanho.
Entretanto, ultimamente tem havido uma frustração ainda maior na minha vida e ela atende pelo nome de Itajubá. Moro aqui há quase 20 anos e confesso que jamais tinha parado pra pensar no quanto ela me deprime. Geralmente essa sensação ocorre nas férias, quando acabo ficando sozinha aqui na cidade, mas é justamente por essa razão! Agora, tenho tomado uma birra tão grande daqui que chega a me dar coceiras...
Itajubá sempre foi uma cidade pacata, pequena, com pessoas educadas e NOT. Educadas? Quando? Onde? A comprovação disso é o trânsito da cidade. A frota de carros daqui é desproporcional a uma cidade com apenas 90 mil habitantes, pouquíssimas vias asfaltadas. No entanto, as pessoas saem com seus carros achando que estão no quintal de casa. A educação manda seguir as leis de trânsito. A ignorância manda não respeitar preferência da rotatória, DESFILAR na frente dos carros, andar de bicicleta competindo com caminhões, estacionar na esquina, roubar pinos dos pneus...
Eu ia redigir um parágrafo sobre as carroças que disputam o trânsito com os carros. Mas isso fala por si só. Existem carroças aqui. Eu vi esses dias uma delas na garagem de uma casa. O cavalo estava triste, coitado.
Engana-se você que pensa que a falta de educação é exclusividade do trânsito. Isso parece ser marca registrada até mesmo de vendedores e balconistas. Atendem não como se estivessem exercendo uma obrigação, mas como se o consumidor o tirasse do sossêgo, da paz, da boa vida. Às vezes, eu sinto medo de pedir auxílio a alguns profissionais com medo de levar um soco por interferir no ócio deles. Quer dizer.
Por fim, a maior falta de educação - e a maior ignorância do itajubense - diz respeito ao cuidado com o lixo. Aliás, falta de cuidado. Eu nunca vi uma cidade tão suja quanto essa em toda a minha vida. Não que eu conheça muitas cidades assim, mas nenhuma é tão imunda. Você encontra todo tipo de coisa no chão e nos terrenos baldios daqui. As pessoas simplesmente parecem não compreender que o objeto se chama lixeira porque serve para comportar o lixo! Sem falar que um terreno baldio está vazio não pra você jogar lá seu sofá velho, mas porque o dono ainda não construiu nada lá! Será que é tão difícil seguir essa linha de raciocínio? Não é difícil, mas é mais fácil culpar o prefeito pela enchente que ocorre pelos bueiros entupidos.
A falta de opções de entretenimento é provavelmente o tópico mais explorado quando falam de Itajubá. Aqui não há simplesmente opções de lazer. Eu conto nos dedos os locais a que posso ir que não sejam botecos imundos. Existem pontos de alimentação ótimos. Mas é só. Nenhum parque, nenhum boliche, nenhum centro de recreação, NADA. A maior diversão por aqui é ir à casa dos outros.
E vocês sabem qual é a maior? A UNIFEI expandirá o Campus e criará o segundo maior Parque Tecnológico do País, o que dobrará o tamanho da cidade até 2015. Eu estou falando sério. As obras inclusive já começaram. A Helibras expandirá também o tamanho da fábrica e criarão, ano que vem, um curso de Engenharia Aeronáutica lá na universidade. Parabéns, que beleza, excelente iniciativa. Perguntem-me se a infra-estrutura da cidade tem se adequado a essa excelente oportunidade...
Eu fico triste em pensar no potencial que Itajubá tinha dez anos atrás. Potencial que foi totalmente desperdiçado, que é deixado de lado pela população ignorante e despreocupada que aqui mora. Por aqui, a maior preocupação não é a expansão da cidade, mas o capítulo de ontem da novela, a amante do vizinho, a morte de algum desconhecido, a vida alheia.
Por que essa cidade não cresce? Porque quem pode se mobilizar para fazer a diferença simplesmente vai embora por não suportar o cotidiano daqui. Mas, na minha modesta opinião, o que mais sustenta isso é o comodismo e o tradicionalismo enraizados na cultura de Itajubá. Com isso, cidade nenhuma evolui, cidadão nenhum cresce.
Entretanto, ultimamente tem havido uma frustração ainda maior na minha vida e ela atende pelo nome de Itajubá. Moro aqui há quase 20 anos e confesso que jamais tinha parado pra pensar no quanto ela me deprime. Geralmente essa sensação ocorre nas férias, quando acabo ficando sozinha aqui na cidade, mas é justamente por essa razão! Agora, tenho tomado uma birra tão grande daqui que chega a me dar coceiras...
Itajubá sempre foi uma cidade pacata, pequena, com pessoas educadas e NOT. Educadas? Quando? Onde? A comprovação disso é o trânsito da cidade. A frota de carros daqui é desproporcional a uma cidade com apenas 90 mil habitantes, pouquíssimas vias asfaltadas. No entanto, as pessoas saem com seus carros achando que estão no quintal de casa. A educação manda seguir as leis de trânsito. A ignorância manda não respeitar preferência da rotatória, DESFILAR na frente dos carros, andar de bicicleta competindo com caminhões, estacionar na esquina, roubar pinos dos pneus...
Eu ia redigir um parágrafo sobre as carroças que disputam o trânsito com os carros. Mas isso fala por si só. Existem carroças aqui. Eu vi esses dias uma delas na garagem de uma casa. O cavalo estava triste, coitado.
Engana-se você que pensa que a falta de educação é exclusividade do trânsito. Isso parece ser marca registrada até mesmo de vendedores e balconistas. Atendem não como se estivessem exercendo uma obrigação, mas como se o consumidor o tirasse do sossêgo, da paz, da boa vida. Às vezes, eu sinto medo de pedir auxílio a alguns profissionais com medo de levar um soco por interferir no ócio deles. Quer dizer.
Por fim, a maior falta de educação - e a maior ignorância do itajubense - diz respeito ao cuidado com o lixo. Aliás, falta de cuidado. Eu nunca vi uma cidade tão suja quanto essa em toda a minha vida. Não que eu conheça muitas cidades assim, mas nenhuma é tão imunda. Você encontra todo tipo de coisa no chão e nos terrenos baldios daqui. As pessoas simplesmente parecem não compreender que o objeto se chama lixeira porque serve para comportar o lixo! Sem falar que um terreno baldio está vazio não pra você jogar lá seu sofá velho, mas porque o dono ainda não construiu nada lá! Será que é tão difícil seguir essa linha de raciocínio? Não é difícil, mas é mais fácil culpar o prefeito pela enchente que ocorre pelos bueiros entupidos.
A falta de opções de entretenimento é provavelmente o tópico mais explorado quando falam de Itajubá. Aqui não há simplesmente opções de lazer. Eu conto nos dedos os locais a que posso ir que não sejam botecos imundos. Existem pontos de alimentação ótimos. Mas é só. Nenhum parque, nenhum boliche, nenhum centro de recreação, NADA. A maior diversão por aqui é ir à casa dos outros.
E vocês sabem qual é a maior? A UNIFEI expandirá o Campus e criará o segundo maior Parque Tecnológico do País, o que dobrará o tamanho da cidade até 2015. Eu estou falando sério. As obras inclusive já começaram. A Helibras expandirá também o tamanho da fábrica e criarão, ano que vem, um curso de Engenharia Aeronáutica lá na universidade. Parabéns, que beleza, excelente iniciativa. Perguntem-me se a infra-estrutura da cidade tem se adequado a essa excelente oportunidade...
Eu fico triste em pensar no potencial que Itajubá tinha dez anos atrás. Potencial que foi totalmente desperdiçado, que é deixado de lado pela população ignorante e despreocupada que aqui mora. Por aqui, a maior preocupação não é a expansão da cidade, mas o capítulo de ontem da novela, a amante do vizinho, a morte de algum desconhecido, a vida alheia.
Por que essa cidade não cresce? Porque quem pode se mobilizar para fazer a diferença simplesmente vai embora por não suportar o cotidiano daqui. Mas, na minha modesta opinião, o que mais sustenta isso é o comodismo e o tradicionalismo enraizados na cultura de Itajubá. Com isso, cidade nenhuma evolui, cidadão nenhum cresce.
Olha, eu vou totalmente contra os valores da minha família, porque eu odeio cidade pequena e aqui todo mundo quer sair de Curitiba pra ir morar no interior do Paraná. Mas o que mais incomoda mesmo é que a falta do que fazer gera fofoca sobre a vida dos outros. Eu prezo muito minha privacidade, odeio gente perguntando tudo sobre mim e falando sobre mim pros outros. Prefiro uma vizinhança mais reservada.
ResponderExcluirE ó, pelo menos aí tem algum trânsito. Eu já morei em cidades que nem isso.
Olha, não moro em cidade pequena, mas moro na Praia Grandelixo.
ResponderExcluirEssa cidade é ruim demais,sério. Aqui só tem praia e uns shows de pagode aleatórios em alguns bares estranhos em que só vão pessoas estranhas.
A violência reina por aqui. Às eu quero morar em uma cidade pequena, calma, etc. Mas o meu sonho mesmo é morar em SP, RJ. Ninguém ia me segurar. VEM TODO MUNDO
Essa é minha primeira visita ao blog. O que eu tenho a dizer? Nada!
ResponderExcluirConcordo em gênero, número e degrau com a MC!
E olha que há quase 10 anos atrás essa cidade tinha o melhor IDH de Minas hein?! Eu queria muito morar aqui, mas ai encontrei tudo isso que a MC falou ai!
Deprimente...
Maria Clara, concordo em genero e grau com tudo o que escreveu, fiz a maior burrada de minha vida há 10 anos, largando tudo em São Paulo e mudando para Itajubá, encantado com as montanhas, ar puro e tranquilidade, e tambem, como não poderia deixar de ser, por um grande amor...
ResponderExcluirHoje tenho horror a essa cidade imunda, mal administrada, sem um restaurante decente, transito caótico com "motoristas" que parecem ter comprado a carteira, sem a mínima noção - e educação - das regras de transito. Programa na cidade e ir para buteco (sujos e com péssimo serviço, vide Churras Vadinho, onde a gerente se acha a rainha da cocada preta).
Pouso Alegre cresceu, Sta Rita está crescendo, e na terra do Wenceslau (quem foi ele mesmo?) só crescem o crime, a conta do Chico pracinha e da turcaiada da rua nova.
Que caia um meteoro nessa merda!!!!
Concordo com vc Maria Clara, moro aqui há 6 anos, e ao invés de ir pra frente...parece que estou sempre na marcha ré...demorou quase 4 anos pra eu ter um aumento voluntário no meu salário....realmente a coisa aqui é muito ruim...faço das suas, as minhas palavras!
ResponderExcluirSou de São Paulo, e já morei em diversas cidades do Pais...mas nenhuma como Itajubá